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Publicado na Sexta, 10 de agosto de 2018, 15h35
Fundo imobiliário de papel é melhor opção para investir em CRI, diz especialista

SÃO PAULO – Para o professor do InfoMoney Educação Arthur Vieira de Moraes, investir em CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) via fundos imobiliários é a melhor opção para o investidor pessoa física. “Pela diversificação de carteira, pela mão do gestor e pela liquidez: o fundo permite liquidez diária em bolsa e o CRI não”, lista, além da vantagem da isenção de imposto sobre o rendimento, oferecida pelos FIIs.

No programa Fundos Imobiliários desta sexta-feira (10), Arthur conversa com o gestor do FII Iridium, Rafael Selegatto, a respeito de fundos que investem nesta classe de ativo. Hoje, o maior fundo imobiliário listado na bolsa brasileira é desta categoria.

Relativamente populares no mercado brasileiro, os Certificados de Recebíveis Imobiliários são papéis de crédito com lastro em imóveis. Como se baseiam no pagamento de dívidas e têm os imóveis como garantia, eles são papéis de renda fixa. Mesmo assim, é impossível considerar fundos imobiliários como investimentos em renda fixa, mesmo que invistam exclusivamente em CRIs.

Conforme explica o gestor, a principal flutuação dos dividendos pagos aos cotistas tem relação com o IPCA, mas há outros fatores de oscilação e a própria gestão ativa oferece alterações nos rendimentos aos cotistas.

No caso do Iridium, existe sempre a possibilidade de vender papéis do fundo antes do vencimento, se isso fizer sentido no contexto. “Do nosso ponto de vista, todo papel que a gente compra, eu estou tranquilo em carregar até o final”, diz Selegatto. “Mas se a gente vê oportunidade de trade no meio do caminho, a gente tenta fazer sim, porque a gente acredita que agrega valor”.

Como escolher?

Apesar da aparência de risco zero, é importante prestar atenção no momento de alocar o dinheiro em qualquer fundo ou investimento,

Na opinião do gestor, a métrica mais importante na escolha do fundo imobiliário de papel é a carteira. Diversificação e qualidade dos papéis escolhidos são o que deve ser questionado, além da relação entre valor patrimonial e valor de mercado. “Não adianta falar ‘o dividendo é alto, vamos’: entenda a carteira”, conclui.

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Uma carteira bem selecionada, aliás, é a primeira vantagem do FII frente ao investimento em CRIs individuais. Com papéis variados e de qualidade, o investidor tem maiores frentes de rendimento e maior liquidez que o gestor terá para negociar em momentos oportunos.

Imposto de Renda

Vale atentar que, ao trocar CRIs por FIIs de CRIs, o investidor está abrindo mão da isenção de imposto de renda sobre ganho de capital. Embora o rendimento dos FIIs não sofra IR, a venda com lucro é tributada normalmente – portanto, vender um fundo de CRIs tem tributação, mesmo que a venda do CRI em separado não a tenha.

Ainda assim, a perda neste sentido é limitada, conforme explica o gestor. “Na verdade você abre mão em partes, porque o gestor vende o CRI por você, então quando ele realiza esse ganho de capital, ele distribui esse ganho. Você não está abrindo mão do ganho de capital na venda do CRI: ele chega isento por meio de rendimentos mensais”.  

O programa Fundos Imobiliários é apresentado todas as sextas-feiras a partir das 15h40. Assista à entrevista completa com Rafael Selegatto no player acima.